Existe
uma crença generalizada que o conhecimento fornecido pela ciência diferencia-se
por um grau de certeza alto, desfrutando assim de uma posição privilegiada com
relação aos demais tipos de conhecimento, pode-se citar como exemplo o do homem
comum. A ciência busca saber sobre determinado tema, fato ou fenômeno e procura
descrevê-lo de alguma forma. Segundo
Galliano (1986, p. 26), “ao
analisar um fato, o conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas
também busca descobrir suas relações com outros fatos e explicá-los.”
Tomanik (2011) discorre que a ciência procura
explicar como o objeto de estudo se relaciona com outros objetos ao seu redor e
se esse fato pode influenciar o ambiente no qual está inserido, pois o objeto
de estudo influencia e é influenciado pelo ambiente. Dessa forma, a
realidade é sempre mais complexa do que se pode perceber o que leva ao
desenvolvimento de pesquisas.
Teorias, métodos, técnicas e produtos, contam com aprovação
geral quando considerados científicos. Observa-se que a autoridade da ciência é
evocada amplamente. As indústrias, por exemplo frequentemente rotulam de
“científicos” processos por meio dos quais fabricam seus produtos, bem como os
testes aos quais os submetem. Várias atividades de pesquisas se
auto-qualificam “científicas”, buscando afirmar-se: ciências sociais, ciência
política, ciência agrária, ciência da informação dentre outras.
Quando faz referência à ciência, Oliveira (2002, p. 47) afirma
que: “Trata-se do estudo, com critérios metodológicos, das relações
existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer no qual o
estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicações
práticas.” Dessa forma, a autoridade da ciência é evocada
amplamente. Indústrias, por exemplo, frequentemente rotulam de
“científicos” processos por meio dos quais fabricam seus produtos, bem como os
testes aos quais os submetem. Atividades várias de pesquisa nascentes se
auto qualificam “científicas”, buscando afirmar-se: ciências sociais, ciência
política, ciência agrária, ciências da informação, etc.
Em relação a minha pesquisa refere-se ao campo das teorias da
representação e da classificação, especificamente ontologias. Na literatura da Ciência da Informação o termo
ontologia começou a ser utilizado no
final da década de 1990 (SOERGEL, 1997; SOERGEL, 1999; VICKERY, 1997). No
âmbito da área de Ciência da Informação o estudo de ontologias tem despertado o
interesse principalmente de pesquisadores ligados à área de Organização do
Conhecimento, segundo Sales, Campos e Gomes (2008, p. 64):
Um importante elemento das ontologias é a representação
do conhecimento, que envolve análise semântica, em especial para a organização
de sistemas de conhecimento que, nas ontologias, visam otimizar a recuperação,
ou seja, prover o computador de mais inteligência. Trata-se de uma área de
pesquisa estreitamente ligada à organização do conhecimento [...]
A organização do conhecimento pode
ser definida como o modo geral pelo qual os conhecimentos se relacionam na
prática de sua produção e de uso. Os mecanismos de representação do
conhecimento permitem que seja representada a formalização dos objetos. Na
ciência da computação, eles servem para auxiliar a implementação de estruturas
computáveis. Na ciência da informação, possibilitam a elaboração de linguagens
documentárias verbais e notacionais, visando à recuperação da informação.
Assim, uma das preocupações da ciência da informação é a padronização da
terminologia utilizada para se encontrar e se classificar a informação. É
nesse contexto que se dá a importância do uso de ontologias para caracterizar e
relacionar entidades em um domínio do conhecimento.
No contexto da Biblioteca/Unidade de Informação
também possui normas, regras e valores que vêm nortear as ações entre suas
próprias subunidades e com as demais unidades da instituição a qual está
associada. Assim, as regras relativas aos recursos humanos, preservação de
patrimônio, desenvolvimento de coleção (Seleção e Aquisição dos materiais
informacionais), entre outros, também devem estar difundidas no conjunto de
indicadores ao qual chamamos política (VERGUEIRO, 1993). Nesse sentido, a
Seleção e Aquisição dos materiais informacionais necessitam de uma política
definida como um método de trabalho que permita a cooperação entre o grupo de
pessoas que trabalham diretamente na formação do acervo da biblioteca e que
estejam relacionadas com a política institucional.
Na fase do projeto de pesquisa são apresentados os métodos de
pesquisa a serem desenvolvidos. A pesquisa a priori
quanto a sua natureza constitui-se de uma pesquisa aplicada, pois
objetiva gerar conhecimento para aplicações que possam solucionar problemas.
Pela perspectiva da abordagem do problema caracteriza-se como pesquisa
qualitativa, pois estará pautada em interpretações e análise de conteúdos. Em
relação aos objetivos classifica-se como uma pesquisa exploratória, pois será
realizada uma pesquisa bibliográfica para analisar qual a visão das
áreas da Ciência da Computação e Ciência da Informação. Além disso, será
necessário identificar as metodologias e métodos existentes para a
criação de ontologias de domínio, bem como as linguagens para desenvolvimento
das mesmas. Como método de coleta de dados será utilizada a entrevista e
pesquisa documental.
REFERÊNCIAS
SALES, L.F.; CAMPOS, M. L. A.; GOMES, H. E. Ontologia
de domínio: um estudo dasrelações conceituais. Perspectivas
em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 13, n. 2, p.62-76,
maio/ago. 2008. Disponível
em:<http://www.eci.ufmg.br/pcionline/index.php/pci/article/viewFile/219>.
Acesso em: 20 jun 2012.
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico:
teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia
científica: projetos de pesquisa, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 320 p.
TOMANIK, Eduardo Augusto. O olhar no espelho: conversas sobre a
pesquisa em Ciências Sociais. 2.ed. rev. Maringá: Eduem, 2004.
VERGUEIRO, W. de C. S. Desenvolvimento de
coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação,
Brasilia, v. 22, n. 1, p. 13-21, jan/abr. 1993.
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